Quarta-feira, 09 de janeiro de 2013
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A vacinação do rebanho bovino brasileiro (todas as fêmeas bovinas e bubalinas entre três e oito meses de idade), contra brucelose, se tornou obrigatória a partir de 2001, com a criação do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). A secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Cafelândia oferece gratuitamente a vacina aos produtores do município. “Basta que o produtor procure o departamento veterinário para agendar a vacinação de seus animais, não esquecendo que somente as fêmeas entre três e oito meses têm a obrigatoriedade. Caso não seja realizada a vacina o produtor será notificado e a receberá uma multa no valor aproximado de R$ 92,00 por cabeça”, comenta o secretário Fábio Luis de Oliveira.
Apesar do avanço no combate à brucelose, a doença ainda requer atenção por parte do produtor brasileiro. Além dos problemas econômicos e sociais causados, a enfermidade pode ser utilizada como barreira comercial às commodities brasileiras, como acontece hoje com a febre aftosa, que impede o Brasil de exportar carne bovina in natura para importantes mercados externos.
A expectativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é atingir cobertura vacinal ideal acima de 80% da população de fêmeas. Estima-se que a doença atinja, atualmente, algo entre 5 e 10% do rebanho brasileiro.
A doença ataca, primordialmente, o sistema reprodutivo das fêmeas bovinas. No entanto, também pode aparecer em machos. Seus sintomas são aborto entre sétimo e oitavo mês de gestação, retenção de placenta, infecção uterina e artrites nas fêmeas, além de inflamação dos testículos nos machos.
A vacina é viva, ou seja, composta por cepas de bactérias causadoras da doença atenuadas. Sendo assim, ela pode provocar a doença no animal e também no aplicador. Por esse motivo, ela deve ser aplicada somente por médico veterinário.
No caso de surgimento de um foco, os restos de placentas e fetos eliminados devem ser queimados e enterrados. O abate e a incineração dos animais doentes também são recomendados. O produtor também deve examinar seus animais pelo menos duas vezes por ano. Além disso, é importante ter cuidado com a contaminação das fontes de água da propriedade para evitar a disseminação da doença.
Fonte: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO